... envolve-me e eu aprenderei.
Integrado na unidade curricular Tecnologias de Informação e Comunicação em Ambientes Educativos, no âmbito do Mestrado em Gestão de Informação e Bibliotecas Escolares, surge este espaço... um caminho num mundo de aprendizagens, feito de partilhas, de olhares, de viagens : Caminhando.
sábado, 16 de novembro de 2013
As TIC em contexto educativo
As TIC estão aí. São uma realidade incontornável na Sociedade do
século XXI. Sociedade da Informação e do Conhecimento na qual nos movimentamos:
trabalhamos, relacionamos, comunicamos, aprendemos, vamos construindo
conhecimentos e identidades. Nela se integram e interagem os nossos jovens.
Como podia a escola permanecer
isolada desta realidade?
Como referiu Delors (1996): “O
papel da escola e dos educadores fará tanto mais sentido quanto maior for a sua
resposta aos desafios da Sociedade de Informação nas quais o desenvolvimento
das tecnologias pode criar um ambiente cultural e educativo com capacidade para
diversificar as fontes do conhecimento e do saber”.
A par e passo com este desafio
têm vindo a reconfigurar-se novas perspectivas no âmbito da função da escola e
do seu papel na formação dos jovens para as sociedades contemporâneas,
nomeadamente na preparação para uma cidadania crítica e responsável, auto-reflexiva,
dotando os mesmos de competências nas várias literacias, para uma aprendizagem
ao longo da vida, assentes nas teorias construtivistas e sociointeracionistas
da aprendizagem teorizadas por Jean Piaget e Vygotsky.
Neste contexto, que papel detêm
ou deverão enformar as tecnologias da informação e comunicação? Qual o seu
impacto real na aprendizagem?
Uma certeza predomina perante
toda a investigação: a introdução das TIC na escola/salas de aula sem nada
mudar não produzirá qualquer efeito visível positivo na aprendizagem, devendo
ser acompanhada de mudanças de metodologias, de práticas educativas, do próprio
processo de ensino e aprendizagem. A mudança é fundamentalmente pedagógica. As
novas tecnologias são apenas ferramentas, recursos, que de per si não serão
significativas, mas cuja utilização inteligente fomentará a aprendizagem efetiva
dos alunos. Citando Alda Pereira em Aprendizagem
e Tecnologias” podem ser recursos inestimáveis se tomados como subordinados
a finalidades bem definidas e enquadrados em estratégias de ensino
fundamentadas e previamente justificadas pelos resultados que se pretendem”. Ferramentas “cognitivas” em prol da
aprendizagem.
As mudanças nunca são lineares
nem pacíficas e no caso dos professores consubstanciam novas conceções de
práticas de ensino e a aquisição de competências no âmbito das tecnologias.
Implica deixar de deter o papel central como transmissor de conhecimento para
ser um mediador, um facilitador. Porém, tal papel não passará a ser detido
pelas tecnologias. O uso destas só produzirá efeitos positivos visíveis na
aprendizagem dos alunos se os professores dominarem as ferramentas e
desenvolverem actividades desafiadoras e criativas, visando a construção pelos
alunos de conhecimentos significativos. Segundo Guilhermina Miranda em Limites e possibilidades das TIC na educação,
a aprendizagem deve constituir um processo (re)construtivo, cumulativo, auto-regulado,
intencional, situado e colaborativo. Importa sobretudo que o docente encontre
formas de integrar criativa e motivadoramente as novas tecnologias no
currículo, fomentando a autonomia, a participação ativa, a partilha, a reflexão,
a fim de, como referido atrás, propicie a construção do conhecimento pelo
aluno.
Em Novos
Modos de Aprender e Ensinar (2013), é-nos descrito o TPACK, essencial para
um ensino eficaz e uma eficiente introdução das TIC nas actividades curriculares.
Pressupõe a competência do professor a três níveis: conteúdos curriculares,
métodos pedagógicos e tecnológico.
Exigência social ou imperativo
democrático e pedagógico, a introdução das tecnologias vem, com certeza, operar
mudanças nas escolas e na Escola. Mesmo que, em alguns casos, gradualmente.
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