domingo, 17 de novembro de 2013


                                       ...  envolve-me e eu aprenderei.

sábado, 16 de novembro de 2013

As TIC em contexto educativo



As TIC estão aí. São uma realidade incontornável na Sociedade do século XXI. Sociedade da Informação e do Conhecimento na qual nos movimentamos: trabalhamos, relacionamos, comunicamos, aprendemos, vamos construindo conhecimentos e identidades. Nela se integram e interagem os nossos jovens.
Como podia a escola permanecer isolada desta realidade?
Como referiu Delors (1996): “O papel da escola e dos educadores fará tanto mais sentido quanto maior for a sua resposta aos desafios da Sociedade de Informação nas quais o desenvolvimento das tecnologias pode criar um ambiente cultural e educativo com capacidade para diversificar as fontes do conhecimento e do saber”.
A par e passo com este desafio têm vindo a reconfigurar-se novas perspectivas no âmbito da função da escola e do seu papel na formação dos jovens para as sociedades contemporâneas, nomeadamente na preparação para uma cidadania crítica e responsável, auto-reflexiva, dotando os mesmos de competências nas várias literacias, para uma aprendizagem ao longo da vida, assentes nas teorias construtivistas e sociointeracionistas da aprendizagem teorizadas por Jean Piaget e Vygotsky.
Neste contexto, que papel detêm ou deverão enformar as tecnologias da informação e comunicação? Qual o seu impacto real na aprendizagem?
Uma certeza predomina perante toda a investigação: a introdução das TIC na escola/salas de aula sem nada mudar não produzirá qualquer efeito visível positivo na aprendizagem, devendo ser acompanhada de mudanças de metodologias, de práticas educativas, do próprio processo de ensino e aprendizagem. A mudança é fundamentalmente pedagógica. As novas tecnologias são apenas ferramentas, recursos, que de per si não serão significativas, mas cuja utilização inteligente fomentará a aprendizagem efetiva dos alunos. Citando Alda Pereira em Aprendizagem e Tecnologias” podem ser recursos inestimáveis se tomados como subordinados a finalidades bem definidas e enquadrados em estratégias de ensino fundamentadas e previamente justificadas pelos resultados que se pretendem”. Ferramentas “cognitivas” em prol da aprendizagem.
As mudanças nunca são lineares nem pacíficas e no caso dos professores consubstanciam novas conceções de práticas de ensino e a aquisição de competências no âmbito das tecnologias. Implica deixar de deter o papel central como transmissor de conhecimento para ser um mediador, um facilitador. Porém, tal papel não passará a ser detido pelas tecnologias. O uso destas só produzirá efeitos positivos visíveis na aprendizagem dos alunos se os professores dominarem as ferramentas e desenvolverem actividades desafiadoras e criativas, visando a construção pelos alunos de conhecimentos significativos. Segundo Guilhermina Miranda em Limites e possibilidades das TIC na educação, a aprendizagem deve constituir um processo (re)construtivo, cumulativo, auto-regulado, intencional, situado e colaborativo. Importa sobretudo que o docente encontre formas de integrar criativa e motivadoramente as novas tecnologias no currículo, fomentando a autonomia, a participação ativa, a partilha, a reflexão, a fim de, como referido atrás, propicie a construção do conhecimento pelo aluno.
   Em Novos Modos de Aprender e Ensinar (2013), é-nos descrito o TPACK, essencial para um ensino eficaz e uma eficiente introdução das TIC nas actividades curriculares. Pressupõe a competência do professor a três níveis: conteúdos curriculares, métodos pedagógicos e tecnológico.    
Exigência social ou imperativo democrático e pedagógico, a introdução das tecnologias vem, com certeza, operar mudanças nas escolas e na Escola. Mesmo que, em alguns casos, gradualmente.